
Não canso de ouvir a canção My Way (Meu Jeito), interpretada pelo incrível Frank Sinatra (1915-1998). Sinatra encantou o mundo com seus belos olhos azuis e pela voz maravilhosa. Infelizmente, muitos ainda não conhecem o velho Blue Eyes, como ficou mundialmente conhecido Francis Albert Sinatra. E se você tem menos de 50 anos é pouco provável que conheça na voz de Sinatra a canção My Way (Claude Francois, Jacques Revaux e Paul Anka).
My Way é um testamento de vida. Não o testamento como ato jurídico, mas para si mesmo - e a quem interessar possa. Essa canção é a carapuça que cabe perfeitamente a quem vive. Eu disse: "a quem vive"! Não se inclua se você apenas passa pela vida. Quem vive planeja cada caminho do mapa, cada passo, cuidadosamente. Quem vive faz o que tinha que fazer, apesar de alguns arrependimentos.
Frank Sinatra foi também ator e teve uma vida intensa: casou-se quatro vezes - é pai de três filhos, atuou em dezenas de filmes, teve seu próprio show de Tv e se lançou, com muito sucesso, em diversos duetos. Por isso, a canção parece ter caído como uma luva neste que foi um dos maiores intérpretes da música americana do século passado.
Mas não se engane! Cabe a ele não porque, pela idade, o ator-cantor tenha vivido tão intensamente e tantas coisas ao longo de sua vida. Idade não tem nada a ver com isso. Viver, sim. Porque quem vive ama, ri e chora do seu jeito. Por isso, levante-se e aproveite as oportunidades; caso elas não apareçam, ache um jeito de criá-las... do seu jeito. Torne cada momento de sua vida motivo para boas risadas, conselhos e orgulho mais tarde.
Acredito que My Way é esse recado na forma de desabafo, confissão e desafio (para você!). Essa celebração de vida é o testemunho de que acertando e errando algo deve ser feito para nos orgulharmos em seguida. O ditado, reinterpretado, também é verdadeiro: não espere para fazer amanhã o que pode ser feito hoje, mas nuca se esqueça de fazer mais do que isso... faça do seu jeito.