Nunca alegres, amenos, suaves.
Inconsolável ronda as janelas espreitando.
Espera e esconde-se do jamais. Não adianta.
Assim vulto, vento que balança sem fúria metros de panos na vertical,
contorce-se de ânsia e dúvida.
Não há mais espaço desconhecido, sala sem apresentação,
brisa nova trazendo visita à sem-graça vida.
A impaciência obriga, carrega e joga sobre o sofá o pálido corpo,
que se estende por meio minuto e põe-se de pé novamente.
Eriçado volta à maratona de curvas e obstáculos instintivamente contornados.
Nada vê.
As horas não passam.
Os ponteiros estão amarrados.
Os vícios pungem...
Luta interna é guerra perdida.
Você perdeu. Ela não vem. Você não aceita. Ela nem sabe.
(Abraão Alves)