
Sempre me achei diferente dos outros colegas quando o assunto era religião. Naquela época, nunca estive realmente convencido da austeridade católica, apesar de ter passado toda minha infância no seio dessa igreja. Sempre suspeitava que o passado estava mal contado e que tudo aquilo de bom e devotado à igreja ou era papo pra gente sem muita capacidade crítica ou resultado da hipocrisia instalada desde os primórdios da igreja. Passados alguns anos, graças a Deus, tive o privilégio de conhecer outras pessoas que pensavam iguaiszinhas a mim e, felizmente, a mais tempo e de forma sistemática. De modo que, não foi difícil descobrir que a igreja católica sempre foi muito boa em esconder acordos interesseiros, promessas sem contrato assinado e salvação com cartas marcadas e de altíssimos valores (financeiros).
Ela, contudo, foi péssima em suas expectativas, respostas e argumentos. Imagine, jurou de pé junto que a terra era quadrada e prometeu queimar quem discordasse dessa e outras respostas sem-pé-nem-cabeça. Infelizmente, muitos não escaparam de seu julgamento e resultaram em churrasco. A camisinha também não faz parte do pacote, nem que pra isso milhares morram na sofrida África, Ásia e América. Filhos, sim, estão no balaio com sermões pós-missa, vide o caso Fernando Hugo (presidente paraguaio).
Entretanto, me parece, nada é mais chocante que a pedofilia pelos servos de Deus. Os escândalos, da era pós-moderna, explodiram nos Estados Unidos, passearam em nosso quintal e invadriam nossa casa até chegarem à Europa, onde chamuscaram a imagem do papa. O que me envergonha também é poder fazer muito pouco porque a massificação cegou muita gente e esses f.d.p estão protegidos pela vista-grossa das autoridades (aquela história de hipocrisia instalada) e pela fala mansa, serena de Sua Santidade, o Papa. Sua! Eu não sigo cegos.