Tenho alguns bons colegas, muito pouco bons amigos, mas, indiferente ao grau de intimidade e confiança que caracteriza este como colega e aquele como amigo, todos com quem ouso sentar, beber e conversar atualmente são exatamente aqueles com quem deveria estar.
Esses colegas e amigos tem me surpreendido. Antes de conversarmos, sentamos; e quando conversamos, bebemos - quase sempre. A novidade ocorre quando, cumprindo esse ritual, almoçamos também juntos. Como convidado é maravilhoso sentar à mesa, satisfazer-se, por exemplo, com um maravilhoso molho e dividir as ótimas experiências que a vida nos permite. Neste caso, pouco importa se as concepções deles são contrárias às suas, importa mesmo estar perto, aprender e duvidar!
De boas safras experimentamos bons vinhos, conversar por horas com quem gostamos de estar é coisa semelhante. Adoro também andar acompanhado no frio deste período junino porque considero que o agasalho da alma são nossas conversas sobre quase tudo.
Acredito sinceramente que todos com quem estive nos últimos dias nem imaginam o quanto tudo isso é importante para mim. Talvez, por sinal, tudo isso corrompa algumas idéias comuns e nos empurre para observações menores ou, simplesmente, incompreensões. Determinar, marcar, exigir não são as melhores formas para conquistar uma companhia e aproximar alegrias comuns.
Apesar de amigos, diferentes. Então, mais um pouco de molho, "qual é sua opinião?"...