"[...] expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, [...]" (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, 2010)

domingo, 11 de julho de 2010

Ascensão

(Algumas coisas, só juntinhas. O poema abaixo deve ser acompanhado pela canção do Fleet Foxes. Aproveitem a conheçam esse maravilhoso grupo de Seattle)


Estou no alto da montanha
Quem disse que seria fácil?
Os dedos quase congelaram
mas sempre estiveram amparados quando juntinhos


Do alto, tudo é muito pequeno
Quem disse que era diferente?
Para dormir aqueci-me na sombra do dorso seu
e dizia pra mim mesmo as coisas que queira que você ouvisse


Agora, a descida é ainda mais íngrime
E quem disse que não quero descer?
O caminho tortuoso que elevou é a mesma trilha que purificará
Sempre... sempre acreditei na ascensão da descida.